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Exposição mostra 23 obras inéditas do pintor Eduardo Nery

Uma exposição de homenagem ao pintor Eduardo Nery, falecido no ano passado, com 74 anos, vai mostrar 23 obras inéditas, a partir de quinta-feira, no Museu da Eletricidade, em Lisboa, em homenagem ao artista.

Exposição mostra 23 obras inéditas do pintor Eduardo Nery
Notícias ao Minuto

19:50 - 17/09/14 por Lusa

Cultura Museu

Intitulada "'Sol' e outras pinturas (2012-13)", a exposição tem curadoria de João Pinharanda e apresenta obras que foram criadas nos dois últimos anos de vida do artista, considerado um dos mais relevantes da sua geração.

De acordo com o museu, gerido pela Fundação EDP, o objetivo é também homenagear um dos artistas contemporâneos "cuja obra mais marcou o urbanismo de Lisboa, através de várias intervenções na cidade, destacando-se os inúmeros painéis de azulejos".

Entre eles estão os painéis colocados na estação de metro do Campo Grande e nos viadutos da Segunda Circular, no Campo Grande e Avenida Infante Santo.

Foi também autor de desenhos artísticos para calçada portuguesa, de que são exemplo os da Rua da Mouraria, no adro da Capela da Nossa Senhora da Saúde, e na Praça do Município.

As obras inéditas de guache sobre papel, que, como refere o catálogo, "nunca foram pensadas como últimas" vão estar patentes até ao dia 30 de novembro no espaço expositivo Cinzeiro 8.

O conjunto constitui "numa recuperação de exercícios de Op Art que distinguiram Eduardo Nery nos anos 60 e 70".

Eduardo Nery nasceu em 1938, na Figueira da Foz, e formou-se em Pintura, na Escola de Belas Artes de Lisboa, realizando a primeira exposição individual em 1964, na Sociedade Nacional de Bela Artes.

Além da pintura, a sua vasta obra inclui também desenho, colagem, gravura, tapeçaria, vitral, fotografia, mosaico e azulejaria, sendo um dos artistas plásticos contemporâneos com maior intervenção ao nível de arte pública.

Está representado em numerosos museus portugueses e, em alguns, estrangeiros, tendo os seus trabalhos sido divulgados em inúmeras exposições individuais e coletivas.

Quando da sua estadia em Paris, em 1959, interessou-se pela arte abstrata, numa linguagem próxima da "Op Art" (produtora de efeitos óticos), corrente de que foi um dos introdutores em Portugal.

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