Teatro de rua conta história de D. Sesnando em oito concelhos
A companhia O Teatrão vai apresentar um espetáculo de rua em torno dos 950 anos do governo de Dom Sesnando na região de Coimbra, passando pelos oito concelhos que integram a Rede de Castelos e Muralhas do Mondego.
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Cultura Regiões
A peça, que estará em exibição entre 19 de setembro e 4 de outubro, está dividida em dois episódios, em que o público, para poder ver as duas partes do espetáculo, terá que se deslocar a dois dos oito concelhos abrangidos pela rede - Coimbra, Montemor-o-Velho, Miranda do Corvo, Pombal, Soure, Figueira da Foz, Penela e Lousã -, avançou Isabel Craveiro, diretora do Teatrão.
Segundo Isabel Craveiro, o espetáculo, intitulado "Alvazil de Coimbra", irá envolver "companhias de teatro amadoras" e "bandas filarmónicas" de cada um dos concelhos participantes, sendo o palco "as zonas históricas" dos locais por onde a peça vai passar.
Dom Sesnando, cristão de origem moçárabe que governou a região de Coimbra no século XI, surge "como uma figura conciliadora e que dá um sentido ao território onde Coimbra se insere", explicou à agência Lusa a responsável.
O espetáculo conta "uma história dentro de outra", falando de uma companhia de teatro, "no século XIX, num momento muito parecido com o atual - o ultimato inglês -, que pretende levar a cena um drama histórico sobre o Dom Sesnando", explanou a diretora do Teatrão.
Se por um lado "o encaixe no século XIX" permite criar "uma provocação que tem que ver com as dificuldades e assimetrias", por outro a história, que decorre no século XI, ajuda a "refletir a ideia de território", que vem "sendo cada vez mais importante" para a companhia de Coimbra.
Ivânia Monteiro, coordenadora da Rede de Castelos e Muralhas do Mondego, entidade organizadora, afirmou que esta peça, inserida nas comemorações dos 950 anos do governo de Dom Sesnando, permite "valorizar um personagem histórico que estava algo esquecido".
Para a coordenadora, o antigo governador moçárabe "foi um grande embaixador da paz e da multiculturalidade".
Clara Almeida Santos, vice-reitora da Universidade de Coimbra, outra das entidades envolvidas, sublinhou que o espetáculo "leva para a rua um tema que normalmente está encerrado no conhecimento académico", destacando ainda a importância de "fazer circular as pessoas pelo território".
JYGA // SO
Noticias Ao Minuto/Lusa
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