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Esperança de reviver "espírito" de Vilar de Mouros chama festivaleiros

Em 1971 António França partiu de Coimbra rumo a Vilar de Mouros e o "ambiente" que encontrou, inimaginável para a altura, fê-lo voltar a cada edição e não faltar, quinta-feira, aos primeiros concertos que marcaram o regresso do primeiro festival português.

Esperança de reviver "espírito" de Vilar de Mouros chama festivaleiros
Notícias ao Minuto

06:21 - 01/08/14 por Lusa

Cultura Festival

"Vim de Coimbra a Vilar de Mouros para recordar 1971 e todos os anos que se seguiram", afirmou.

Aos 61 anos de idade voltou à aldeia minhota com a esperança de "reviver espírito" de um festival que, no ano de lançamento foi "uma pedrada no charco".

"Venho agora não propriamente pelo cartaz, mas pelo espírito daquela altura e espero revivê-lo e andar para trás 43 anos", afirmou.

Já Miguel Ribeiro, 27 anos, natural de Viana do Castelo, entrou na história de Vilar de Mouros em 2002 e voltou sempre até à última edição em 2006.

Regressou na quinta-feira para "reviver" esses tempos mas encontrou diferenças. O ambiente "parado" e os festivaleiros de "faixas etárias mais elevadas".

"Espero que anime e que volte a ter o espírito que havia antigamente", desabafou desanimado com a fraca afluência de público minutos antes do início do primeiro concerto no palco principal.

Carina Fernandes, 21 anos, ofereceu-se como voluntária para trabalhar em Vilar de Mouros. Veio de Bragança movida pela curiosidade de conhecer um festival de que só tinha ouvido falar.

Esperava encontrar "mais gente" mas mantém a esperança: "Vai ser interessante e para um regresso vai ser giro".

Fernando Zamith, ex-jornalista, 50 anos não podia perder o regresso do mítico festival montado junto às margens do rio, o Coura que atravessa a aldeia.

Autor de "Vilar de Mouros - 35 Anos de Festivais", lançado em 2003, o professor universitário, descendente de uma família da aldeia minhota onde em miúdo passava férias, esteve em quase todas as edições desde 1982.

As experiências "marcantes" que diz ter vivido neste ano, "durante nove dias fantásticos", a par da paixão pela localidade do concelho de Caminha, mantiveram -no fiel a Vilar de Mouros até no dia do regresso do mítico festival, "diferente de todos os outros".

"Estou satisfeito por ver que regressou o meu festival, o festival de Vilar de Mouros", afirmou.

José Silva, 62 anos, veio de Aveiro pela primeira vez e por razões profissionais, assistir à estreia dos "Trabalhadores do Comércio" de quem é agente.

Conhecedor do meio não poupou críticas à organização pelo "amadorismo", pelo alinhamento dos grupos que "não está bem feito" e pela falta de promoção.

A organização a cargo da Fundação AMA - Associação dos Amigos dos Autistas, conta com o apoio da Câmara de Caminha e da junta de freguesia de Vilar de Mouros.

Mais de três milhões de euros de investimento que a organização espera venham a gerar receitas para cumprir um "sonho": a construção de um edifício, em Viana do Castelo, de apoio a pessoas com autismo.

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