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Doação de acervo de Siza a Serralves é "prova de confiança"

O presidente da Fundação de Serralves, Luís Braga da Cruz, considerou hoje que a doação de Siza Vieira de parte do seu acervo àquela instituição foi uma "prova de confiança" que provocou agrado e satisfação.

Doação de acervo de Siza a Serralves é "prova de confiança"
Notícias ao Minuto

18:35 - 24/07/14 por Lusa

Cultura Obras

"Quando Siza Vieira toma a decisão de colocar uma parte do seu espólio em Serralves nós só podemos ter uma reação, é de ficarmos honrados com essa escolha dele", afirmou à Lusa Braga da Cruz.

O arquiteto Siza Vieira anunciou na quinta-feira que o seu acervo será doado a duas instituições portuguesas, Fundação Gulbenkian e Fundação de Serralves e ao Centro Canadiano de Arquitetura.

"É uma prova de confiança que nos agradou", assinalou o presidente que lembrou como Siza Vieira "é o arquiteto de Serralves".

O responsável recordou a relação "de há muitos anos" entre Serralves e Siza Vieira que "foi o projetista do museu, já foi responsável também em segundo lugar pelo restauro da Casa de Serralves e está a fazer o projeto para a Casa Manoel de Oliveira".

Braga da Cruz assinalou ainda que "sendo Serralves uma Fundação que se preocupa com a cultura contemporânea, considera que a arquitetura é uma expressão dessa cultura contemporânea" pelo que têm sido feitas exposições nessa vertente.

O acervo de Siza Vieira será agora mantido em arquivo "o que significa guardar, preservar, restaurar e manter em boas condições e disponibilizar a estudiosos e ao público em geral".

O presidente da fundação garantiu que Serralves tem tido uma relação de cooperação com o Centro Canadiano de Arquitetura, que receberá parte do acervo e que considera ter "competência na área dos arquivos e tratamento e conservação, como também tem 'know-how' na área da arquitetura".

"Também soubemos que o arquiteto Siza decidiu por uma parte na Gulbenkian, é uma decisão soberana dele, não discutimos. Temos também uma boa relação com a Gulbenkian e isso também é um fator de estabilidade para este projeto", sublinhou.

De acordo com o arquiteto, a opção passou por doar parte "a duas instituições portuguesas, já com experiência, qualidade e capacidade para desenvolver ou alargar os respetivos arquivos (Fundação Gulbenkian e Fundação de Serralves), numa perspetiva de abertura à consulta, divulgação e participação num debate que já não é simplesmente nacional, nem centrado no individual".

Siza Vieira decidiu doar outra parte ao Centro Canadiano de Arquitetura (CCA) em Montreal, "instituição de experiência e prestígio ímpares e com intensa e contínua atividade", que é "reconhecido pela sua experiência na preservação e apresentação de arquivos internacionais".

Esta decisão prémio Pritzker foi conhecida na quinta-feira, depois de na semana passada a revista Visão e o jornal Público terem noticiado que o arquivo de Siza Vieira poderia ir para o Centro Canadiano de Arquitetura, em Montreal, o que gerou uma onda de reações políticas e culturais.

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