Aracataca, terra do filho do telegrafista, amanhece de luto
Aracataca, terra natal de Gabriel Garcia Marquez, amanheceu hoje de luto, pela morte do Nobel colombiano, na quinta-feira, na Cidade do México, aos 87 anos.
© Reuters
Cultura García Márquez
A câmara de Aracataca decretou, logo na quinta-feira, cinco dias de luto e mandou colocar a meia haste as bandeiras da Colômbia e do município com 38.000 habitantes, na região de Magdalena.
No momento em que foi conhecida a notícia da morte de Gabriel García Marquez, "ouviram-se os sinos da igreja principal de Aracataca", relatou à Efe Niviane Oñate, uma jovem de 22 anos da terra do Nobel e que serviu de inspiração ao escritor para lendário e mítico Macondo, do romance "Cem Anos de Solidão".
García Márquez nasceu a 06 de março de 1927 em Aracataca, onde o pai, Gabriel Eligio García Martínez, havia chegado três anos antes para trabalhar como telegrafista e onde conheceu aquela que viria a ser a sua mulher e mãe de onze filhos, Luisa Santiaga Márquez Iguarán.
"Temos um sentimento de luto e tristeza pelo desaparecimento do nosso grande literato", afirmou o autarca de Aracataca, Tufith Hatum.
Hatum recorda que "Gabito", como lhe chamavam, tornou a Terra conhecida "ao nível universal" e é por isso que quer transformar Aracataca no "epicentro cultural e turístico da obra de Gabriel García Márquez e do realismo mágico".
O autarca disse ainda que pediu "muito respeitosamente" à família de Garcia Marquez que fizesse ali as cerimónias fúnebres
"Graças a Gabo, Aracataca tornou-se uma inspiração de muitas pessoas, inspirou muitos nas artes e conseguiu que a nossa terra seja vista como algo de bom", afirmou Niviane Oñate.
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