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Património da Humanidade fez crescer "turismo do postal"

A responsável pelo projeto de recuperação do centro histórico de Guimarães, Alexandra Gesta, defendeu hoje que com a elevação daquela zona o Património da Humanidade "o turismo de postal" cresceu, embora isto não seja sinónimo de desenvolvimento económico.

Património da Humanidade fez crescer "turismo do postal"
Notícias ao Minuto

15:03 - 17/04/14 por Lusa

Cultura Guimarães

"Há uma progressiva chegada do turismo ao centro histórico de Guimarães, que cria uma concentração pequenina na zona do castelo e entre muros. Este turismo de postal vai ampliando, mas ele próprio não é constitutivo de desenvolvimento económico", sustentou.

Alexandra Gesta, uma das oradoras convidadas da conferência "Para que serve um sítio Património da Humanidade", que decorre ao longo do dia de hoje em Viseu, explicou que quando Guimarães apresentou a sua candidatura a Património da Humanidade a reabilitação do centro histórico já estava numa fase avançada.

Na sua opinião, um dos itens em que mais se apoiou a classificação "foi precisamente na metodologia posta em prática para a reabilitação do centro histórico".

"O bem existente foi acrescido de uma atualização, que não só não o contraditou, mas o sublinhou e permitiu a sua classificação como património mundial da humanidade", acrescentou.

Com a classificação, "muita coisa mudou", sendo um dos objetivos fundamentais "a procura do equilíbrio entre quem habita, trabalha e visita" o centro histórico de Guimarães.

Braga da Cruz partilhou a experiência de classificação do Alto Douro Vinhateiro, que aquando da sua candidatura teve de demonstrar "o seu valor excecional universal".

No seu discurso, sublinhou que ninguém pode candidatar-se a uma classificação da UNESCO sem estar previamente inscrito na lista indicativa nacional.

"E se apenas um grupo de pessoas mais eruditas fizer uma candidatura e não cuidar de levar a que haja solidariedade por parte das povoações, a probabilidade de falhar é muito grande", alertou.

Já Raimundo Mendes da Silva, que foi curador da candidatura a património mundial da Universidade de Coimbra, realçou a quantidade e a riqueza de estudos que foram elaborados durante o período da candidatura, quer sobre a cidade, quer sobre o estabelecimento de ensino.

Avisou ainda que não bastou dizer que a Universidade de Coimbra era muito bonita, tendo sido necessário identificar e valorizar os seus atributos para que a candidatura pudesse ser uma realidade.

A conferência "Para que serve um sítio Património da Humanidade" - promovida pela Câmara de Viseu, em parceria com o Jornal de Notícias e o Turismo do Centro - reúne ao longo do dia de hoje seis casos portugueses e um espanhol de classificação da UNESCO e 11 gestores e especialistas.

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