Uma peça de Bernard-Marie Koltés e uma criação de João de Brito, Wagner Borges e Marta Lapa vão ter a primeira apresentação no Festival.

“Dos à deux, 2.º ato”, pela companhia francesa Dos à Deux, que encerra o festival no dia 31, no Fórum Municipal Luísa Todi, é um espetáculo livremente inspirado em “À espera de Godot”, de Samuel Beckett, numa dramaturgia, encenação, coreografia e cenografia de Artur Ribeiro e André Curti, com Clément Chaboche e Guillaume Lepate.

Em declarações à Lusa, José Maria Dias afirmou que “a Festa já ganhou o seu espaço na cidade de Setúbal, e até no panorama nacional”.

“Mesmo no contexto de crise em que vivemos, com um orçamento controlado, na ordem dos 20.000 euros, é possível voltar a fazer a festa”, que é organizada pelo grupo de teatro Fontenova.

As estreias do cartaz, ambas no auditório da Escola Secundária Sebastião da Gama, são de “A noite antes da floresta”, de Bernard-Marie Koltés, pelo Fontenova, no dia 25, e de “T.3 (Comida+JBWB-900+Prato do dia)”, uma criação de João de Brito, Wagner Borges e Marta Lapa, no dia 30.

A Festa começa no sábado às 18:30, nos Paços do Concelho, com “O Piano em Pessoa”, com Armando Nascimento Rosa e António Neves da Silva, um espetáculo que se estreou em outubro do ano passado, em Barcelona, no colóquio internacional sobre o poeta, e neste mesmo dia, às 22:00, no Parque do Bonfim, sobe à cena “Que raio de Mundo”, uma criação do Teatro Regional da Serra do Montemuro, com Abel Duarte, Blandino Soares, Eduardo Correia, Joana Pupo, Paulo Duarte e Tanya Ruivo.

Do cartaz da Festa consta a leitura encenada por Paulo Lage, de “Branca de Neve”, espetáculo que se estreará em setembro no Mindelact 2013 - Festival Internacional de Teatro do Mindelo, em Cabo Verde, e a peça “Ensaio ou Café dos Artistas”, de M'Hamed Benguettaf, pelo Teatro dos Aloés, da Amadora, com encenação de José Peixoto.

Os Artistas Unidos, de Lisboa, apresentam dois textos, “Um Precipício no Mar”, de Simon Stephens, com encenação de Jorge Silva Melo e interpretação de João Meireles, no dia 28, na Casa da Cultura, e “A Estalajadeira”, de Carlo Goldoni, também com encenação de Silva Melo, no dia 29, no "renovado" Fórum Luísa Todi, com capacidade para 600 lugares.

A peça do dramaturgo italiano é interpretada por Américo Silva, António Simão, Catarina Wallenstein, Elmano Sancho, Rúben Gomes, Maria João Falcão, Maria João Pinho, João Delgado e Tiago Nogueira.

José Maria Dias salientou que a Festa tem “esgotado sempre os espetáculos”, tendo acrescentado que, “apesar de o Luísa Tódi ter aumentado a capacidade", acredita que "irá também encher".

"Em princípio iremos vender só a plateia - são 400 lugares, mas se for necessário, disponibilizamos o balcão”, disse.

No dia 28, às 23:00, na Casa da Cultura, com entrada livre, é a “noite de curtas-metragens, cujo objetivo é divulgar novos projetos/filmes”.

“Sem tema definido, o propósito principal desta mostra é promover produções de vídeo pouco difundidas e motivar jovens realizadores para futuros trabalhos”, afirmou.

Paralelamente ao Festival, está patente, na Casa da Cultura, uma exposição de fotografia alusiva às anteriores edições da Festa de Teatro de Setúbal, e um espaço de tertúlia no Café dos Artistas na Casa da Cultura, que o diretor apresentou como um “ponto de encontro, de animação e partilha entre artistas e a comunidade”.